sexta-feira, 13 de junho de 2014

CAPITULO 4 - A DESCOBERTA - PARTE 2


Logo após ela aparecer, ele alargou o sorriso no rosto ao notar a menina a sua frente vou   lte. Ela era do jeito que ele a imaginava, com sedosos cabelos negros e longos e com brilhantes olhos verdes e com uma pele clara corada apenas no rosto pelo sol. Pelas roupas ela parecia ser uma menina revoltada pela a sociedade parva.
            Mas era algo de se imaginar afinal das contas ela era uma Locky uma pessoa por si só, diferente do normal. Mas para ele ser diferente era bom, mostrava que eles seriam bons amigos. O silencio reinou entre eles até ele disser:
            - Oi, o meu nome é Joel Arbol e você deve ser Kate Locky, estou certo?
            - Errr... Você esta certo sim, senhor Arbol.
            - Bom saber disso, Noel acabou de mandar uma mensagem falando que não pode acompanhar você pela cidade então eu vou te acompanhar. Há algum problema nisso?
            - Não senhor – Respondeu Kate com a maior educação possível.
            - Você pode me chamar de Joel.
            Eles ficaram andando por intermináveis minutos ate que Joel Arbol, começou a explicar á ela que é professor de “feitiços e encantamentos” em Ungry e que Hastro é dividida em varias cidades e que eles estavam na capital que era chamada de Toba em homenagem aos criadores de Hastro.
            - E para onde nos estamos indo? – Perguntou Kate.
            - Estamos indo para a praça central da cidade, que se chama Lasgro em homenagem aos criadores de Hastro.
            - E quem foram os criadores de Hastro?
            - Você não sabe?
            - Fui criada como uma parva. Não sei nada sobre Hastro.
            - Então no caminho vou lhe explicar tudo que você precisa saber.
            - Obrigada.
            - Em 2001 A.C bruxos e parvos viviam juntos e essa convivência não era fácil, eles estavam sempre em combate. Até que Otelo Griffons, Telmo Rubro, Baltazar Locky e Abel Seff os quatro maiores bruxos da época, eles resolveram que bruxos e parvos deviam viver separados, eles fizeram varias pesquisas. Ate descobriram que podiam vivar no subsolo, fizeram varias obras e começaram a viver lá.
            - E como era o governo naquela época?
            - Cada família liderava algo em Hastro. Os Seff’s administravam Hastro, os Griffons’s cuidavam da segurança, os Rubros’s cuidavam das finanças e os Locky’s cuidavam do povo e de toda a estrutura de Hastro.
            Kate não havia notado, mas ao olhar para cima viu que o céu era claro e com nuvens e lá tinha a visão de um lustroso sol que brilhava intensamente. Ela ficou pasma, pois eles estavam no subsolo como poderiam ter a visão perfeita do céu?
            - A imagem do céu é um feitiço permanente, por trás dessa imagem há várias coisas que suportam a nossa vida no subsolo.
Eles continuaram andando pela cidade, Kate ficou admirando a cidade, todas as casas eram velhas e com bastante vidro formando um padrão, mas tinham várias cores eram bastante coloridas,  o clima de Hastro era meio frio, Kate ficou cada vez mais admirada por estar naquele lugar. 
Ela saiu do transe quando Joel começou a falar:
             - Bom chegamos, estamos em Lasgro agora.
            Kate ao ouvir Joel falar começou á reparar no ambiente ao seu redor, estava em uma secundária que dava para uma rua principal, olhando bem Kate percebeu que a rua principal dava para um lugar. Ela andou até a rua principal, com Joel ao seu lado, ela ficou admirando a rua ela era grande, bastante larga e havia varias fachadas que pareciam ser lojas de diferentes tipos. Joel se aproximou mais de Kate e disse:
            - Vamos, para a praça depois nós vamos nos aventurar pelas travessas.
            Logo após comentar isso, ele guiou Kate pela rua principal. Ao sair da rua ela, não acreditou no que viu. A praça era um circulo, ao seu redor tinha uma cerca de um metro feita de ouro, a cada 5 metros tinha uma abertura para as pessoas passarem, era quatro aberturas ao total, dividindo a praça em quatro partes, dentro da praça tinha um gramado perfeitamente aparado, em cada uma das partes havia flores de cores diferentes, e em cada uma das aberturas tinha um caminho feito de pedras cinza bem escuras, que levavam para o centro da praça.
            - Essa praça tem muita historia, alem do fato de ser a praça central de Hastro – Disse Joel.
            - E essa praça é usada para que?
            - Cerimônias do governo, cerimônias em homenagem as grandes famílias e os criadores de Hastro, e principalmente execuções.
            - Que tipo de execuções?
            - Pena de morte.
            - Foi aqui que o meu avô morreu?
            - Sim, ele foi a ultima pessoa a ser executada.
            Joel foi guiando Kate para dentro da praça, ela notou no mesmo instante o que havia no centro da praça pedestal arredondado de pedra preta, com tamanho suficiente para duas pessoas ficarem em pé nele de forma confortável.
            - Foi nesse pedestal que Tom Locky morreu – Disse Joel só para Kate escutar.
            - E porque não tem ninguém aqui? – Perguntou Kate ao notar que ninguém estava na praça, e sim andando ao seu redor.
            - Eles não gostam de vir aqui, eles falam que lembra as coisas más que as grandes famílias fizeram, para mim isso é uma besteira.
            - E que são as grandes famílias e o que fazem essas famílias especiais?
            - Você foi mesmo criada como uma parva. As grandes famílias são as famílias de bruxos mais poderosas de Hastro. Elas são os Griffons, Rubro, Seff, Philips, Orion e os Locky.
            - Legal. E cada cor de flores dessa praça significa?
            - Cada cor é para uma família dos criadores de Hastro. Azul para os Griffons, vermelho para os Rubro, verde para os Seff e roxo para os Locky.
            - Adoro esse tipo de curiosidades – Disse Kate.
            - Você para mim esta muito curiosa. E agora eu acho melhor a gente ir embora, os hastralianos estão olhando demais para cá, acho que estamos chamando muita atenção.
            Ao terminar de falar isso para Kate, ela começou a reparar nas pessoas ao redor da praça elas passavam pela praça e ficavam olhando para eles com bastante curiosidade. Joel começou a guiar ela para fora da praça. Eles saíram da praça e voltaram para a rua principal
            - Agora, nós vamos para o banco eu tenho um cheque para descontar – Disse Joel, mostrando para Kate um cheque assinado pelo o seu pai, Cornelius Locky.
            - Onde você conseguiu esse cheque? – Perguntou Kate analisando o cheque que estava em suas mãos.
            - Foi Noel que mandou para mim logo depois que você passou pelo portal.
            Kate praticamente ignorou as palavras de Joel Arbol e ficou analisando o cheque, estava datado do dia anterior quando Kate saiu da casa dos seus pais, a assinatura do seu pai Kate sabia de cor e aquela era igual, ela apenas acho o valor do cheque baixo era apenas mil dólares.
            - Nossa esse valor vai dar, são apenas mil dólares.
            - Vocês parvos não tem noção de dinheiro, mil dólares aqui em Hastro equivale a 50 mil dobrões de ouro.
            - Nossa isso parece ser muito dinheiro.
            - É muito dinheiro, são dois salários meus como professor.
            Eles pararam de conversar quando estavam em frente de um prédio cinza escuro, com a fachada reta sem nada, com exceção da porta de vidro fosco escuro e nele estava escrito “BANCO DE HASTRO” com as letras em branco. Eles entraram no banco, lá dentro havia apenas uma fila pequena com apenas cinco pessoas na sua frente, o atendente era um rapaz jovem e alto. Kate e Joel ficaram em silencio na fila. Até que o atendente disse:
            - Próximo, o que a senhorita deseja? – Perguntou para Kate com mau humor, ela entregou para ele o cheque.
            - Nós vamos descontar esse cheque e queremos transformar o dólar para dobrão – Disse Joel, mas quando o atendente viu assinatura ele arregalou os olhos.
            - Há um problema com esse cheque, essa pessoa não pode existir.
            - É claro que ele existe ele é o meu pai – Disse Kate
            - Não pode ser.
            - É só conferir o cheque, garoto – Disse Noel com desdém.
            Ao ouvir falar isso, a primeira coisa que o atendente fez foi conferir se aquele cheque era verdadeiro, na primeira passagem deu que ele era verdadeiro, na segunda também, e na terceira também, ele não quis acreditar no que viu, essa era a prova que a lenda de Tom Locky era verdadeira e que a linhagem dos Locky não tinha acabado e que eles fizerem o que a lenda diz esse seria o fim de Hastro, mas ele não quis acreditar naquilo e sim que milagres existem que aquela Locky não faria isso.
            - O cheque é verdadeiro e tem fundo, agora eu vou descontar e descontar os serviços e dar o resto de valor em dobrões – Disse o atendente.
            - Viu, o cheque e a pessoa existem – Disse Kate com sarcasmo.
            O atendente começou a pegar os dobrões para dar para aquela garota, ele ainda não acreditava no que estava vendo tem vários Locky que estão vivos, nesse meio tempo ele pensou em uma forma de ganhar dinheiro com aquilo, enquanto o dinheiro era retirado do cofre central do banco, ele tirou uma copia do cheque e mandou ela em um telegrama para o jornal de Hastro agora era só esperar a sua recompensa, ao pensar nisso deu um belo sorriso.
            - Aqui tem 48 mil dobrões de ouro, os dois mil dobrões de ouro são a taxa de serviço.
            - Obrigada – Disse Kate com um sorriso falso no rosto, pegando a pequena bolsa no balcão.
            Ao sair do banco ela e Joel andaram pela rua principal em silencio e ele levou ela ate uma loja com a fachada em vermelho e com detalhes em cinza e estava escrito “LIVRARIA RUBRO” ela ficou olhando para fachada e quando ela leu o nome daquele comercio lembrou na mesma hora o nome daquela família de algum lugar.
            - Esse nome Rubro é de uma das grandes famílias? – Perguntou Kate.
            - Isso mesmo!
            E nesse momento eles entraram na livraria, nela tinha poucas pessoas, mas quando eles entraram a primeira coisa que eles repararam foi no telão que havia na parede lateral da livraria, naquele telão mostrava uma copia do cheque, e uma imagem de Kate no banco entregando o cheque para o atendente, logo abaixo dessas imagens estava escrito “ESSA É KATE LOCKY, A HERDEIRA DOS LOCKY”.
            Kate não acreditou no que estava vendo, para os habitantes de Hastro essa era a descoberta do século, que havia outro Locky vivo. Ela ficou olhando para o telão por mais um segundo, mas quando ela foi dar mais um passo para frente ela esbarrou em Joel, ele acabou deixando cair uma pequena pilha de livros. Com o barulho todos que estavam na livraria olharam para a entrada e arregalaram os olhos quando viram Kate e a reconheceram do jornal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário