segunda-feira, 9 de junho de 2014

CAPITULO 4 - A DESCOBERTA - PARTE 1


Noel Tomasio estava na frente da casa dos Locky, esperando a futura aluna de Ungry, ele estava inquieto em relação a sua ultima conversa com o seu mestre sobre os Locky. Não sabia se ia ser diferente a reação dela ao saber dos horrores que o seu avô fez para toda Hastro, mas sabia que teria que contar para ela.
            Noel chegou mais perto à porta, meio tremulo bateu e esperou a resposta, no menos minuto Kate abriu a porta animada, aparentava que o estava esperando, há muito tempo. Noel entrou na casa dela foi direto para sala onde Cornelius e Ana estava lendo o jornal. Então Noel disse:
            - Senhor e Sra. Locky vim buscar a sua filha.
            - Pensei que esse dia nunca chegaria – Disse Cornelius fechando o jornal e chegando mais perto de Kate.
            - Mas chegou e eu escolhi ir para lá – Comentou Kate com sarcasmo para o pai.
            - Vá, mas não diga que eu não avisei aquele mundo não é para você – Disse Cornelius ajudando Kate com o seu violão e a sua mala.
            Kate se aproximou dos pais que estavam na soleira da porta, agradeceram á eles e se despediu, e seguiu Noel ele estava apressado parecia que estava atrasado. Noel naquele dia parecia um executivo estava de terno, cabelo penteado e barba feita, ao contrario do dia anterior.
Eles seguiram caminho por New Vicente as pessoas na rua olhavam os dois conheciam muito bem Kate pelo noticiário, deviam estar pensando alguma besteira para onde eles estavam indo. Noel pediu para Kate se apressar e seguiram caminho, depois de alguns minutos estavam os dois na rodoviária, que era um lugar nojento vivia muitos mendigos por lá, e poucos ônibus passava por New Vicente depois da construção do aeroporto. O silencio predominava até que Noel disse:
            - Estamos indo para o subterrâneo, é melhor você se apressar se quiser não ser notada, pelos parvos – Disse Noel impaciente.
            - Como assim parvos?
            - Quem não tem poderes, quem não sabe conjurar os elementos, aquele que vive uma vida sem magia, que vivem na superfície.
            - Meus pais são parvos?
            - Eles escolheram ser.
            E assim acabou a conversa entre o zelador de Ungry e Kate. Eles cruzaram a rodoviária, para a ala de viagens internacionais que estava vazia com apenas um ônibus velho parado e vários comerciantes conversando com funcionários daquele lugar. Então andaram mais um pouco até a área de acesso só para funcionários, passaram por uma porta entreaberta e nem foram notados desceram um turbilhão de escadas que pareciam não ter fim Quando desceram mais uma escadaria eles foram para a esquerda onde havia outra porta, e nela estava escrito em dourado “HASTRO”.
            Mas quando cruzaram aquela porta, não havia nada de diferente era apenas uma sala pequena com uma mesa simples e algumas cadeiras cinzentas. Kate não entendia como aquela pequena sala poderia ser a entrada para o imenso mundo subterrâneo de Hastro. Até que Noel disse:
            - Bom, tem algumas coisas que você precisa saber antes de entrar em Hastro.
            - Que tipo de coisas?
            - Sobre o seu avô.
            - Continue eu quero saber.
            - A família Locky é conhecida por ser muito má, o seu avô é conhecido como o mais malvado.
            - E o que mais? – Apressou Kate para continuar.
            - Tem certeza?
            - Tenho.
            - Ele era um jovem genial, ganancioso, e muito poderoso. Tinha vários parceiros e queria chegar ao poder de tudo em Hastro. Ele foi acabando com os seus inimigos aos poucos para não ser acusado, quando estava preste a ser o ministro de Hastro ele foi à busca de riqueza, tentou roubar um tesouro muito valioso, mas descobriram os seus crimes e condenaram a pior pena.
            - Noel, continue qual foi a pena?
            - Pena de morte.
            - E quem o denunciou?
            - Dani Seff o denunciou quando descobriu que Tom Locky matou o seu pai.
            - E ele morreu?
            - Sim e têm mais, todos os Hastralianos juraram não aceitar outro Locky.
            - Só isso?
            - Tem mais, só que eu não sou a pessoa certa para falar para você.
            - E quem é? – Perguntou Kate tentando entender aquela historia.
            - Talvez Wrile Orion. Mas eu não.
            Então essa era a descoberta de Kate era neta de um gênio do mal e herdeira dessa mesma fama. E pensar que ela achava que em Hastro, a sua fama seria diferente, algo impossível quando se trata de um Locky.
            Quando a conversa entre Kate e Noel acabou, todos ficaram em silencio por um bom tempo. Até que Kate disse:
            - Bom Noel, quando vou conhecer Hastro?
            Noel não acreditou no que a menina disse, depois dele disser quase tudo sobre o avô dela e como os Hastralianos reagiriam com a vinda dela ela quis seguir em frente e ir para Hastro. Mas, pensar de novo começou a entender a garota afinal aquela era a historia dela.
            Ele caminhou até o final da sala, e passou as pontas dos dedos sobre a parede, bem em cima da marca de tijolos, ele com os dedos na parede fizeram uma estrela de quatro pontas, a parede começou a tremer. E aos poucos a parede desapareceu e apareceu simplesmente uma longa e grande porta de aço.
            Noel pegou o violão e a mala de Kate e atravessou a porta. Kate fez o mesmo ao passar viu apenas um clarão segundos depois ela estava dentro do que parecia ser um hotel. Lá era obscuro tinha no que parecia ser a recepção lá tinha poucos moveis apenas o balcão, um sofá empoeirado com uma mesinha de centro de vidro que estava rachada, a atendente parecia estar ocupada lendo um livro, e nem percebeu a chegada dos dois. Até que Noel disse:
            - Oi, Denise tudo bem? – E a moça parou de ler o livro e deu um longo sorriso.
            - Noel, pensei que não viria mais – Denise olhou para o lado e viu Kate – E quem é ela?
            - Denise essa é Kate.
            - Kate, você eu não conheço, qual é o seu sobrenome?
            Kate se forçou para não ficar pálida não queria responder o seu nome, mas sabia que aquilo é necessário. Ela mal sabia onde estava, mas sabia que Noel por estar lá, era o lugar certo. Tomou coragem e disse:
            - É Kate Locky. – Ela tentou falar sem demonstrar qualquer sentimento – E o seu?
            - Não acredito você é uma Locky, estudei tanto atrás de um.
            - Como?
            - Você é uma lenda por estar viva! – Disse Denise nervosa e rapidamente – Quero saber tudo sobre você.
            Kate ficou sem reação como alguém poderia adorar uma descendente de uma família que é considerada a pior de uma região inteira, uma família e que todos os cidadãos de Hastro ficaram aliviados ao saber o fim daquela linhada.
            Noel percebendo o rumo que a conversa estava tomando, resolveu intervir. E disse:
            - Senhorita Laven, depois você pergunta para ela tudo que você quiser quando ela estiver em Ungry.
            - Tá bom, o que você quer aqui?
            - Primeiro dois quartos para uma noite, a chave do portal e que não perturbe a Kate e a leve com você para Ungry. E por ultimo não conte a ninguém quem é ela. Okay?
            - Bom, faço isso. Mas, não posso levar ela para Ungry, à noite antes das aulas é só para professores.
            - Eu sei disso, tenho autorização do Wrile para fazer isso. Agora preciso das chaves dos quartos?
            Denise pegou duas chaves que estavam debaixo do balcão, e junto com elas vários papeis, pediu para Noel para que ele assinasse e logo depois ele pagou a hospedagem. Ele e Kate pegaram as suas coisas e seguiram para a única escada que havia lá, cujos degraus eram irregulares e pretos pareciam que estavam bem sujos. Depois de passarem por cinco andares viraram para o corredor. E Noel disse:
            - O seu quarto é o 516, vou estar no quarto 518 se você precisar de mim.
            - Quem é ela?
            - O seu nome é Denise Laven professora auxiliar de historia subterrânea, passou a vida estudando as grandes famílias principalmente os Locky.
            - E de que lenda ela estava falando?
            - Não sou a pessoa certa para falar sobre isso.
            Ele olhou bem para ela e quase sem coragem e Noel começou a falar:
            - Já disse o Sr.Orion vai lhe contar tudo quando chegar a Ungry.
            E nisso ele entregou para ela a chave e nela o chaveiro escrito 516. Calmamente os dois seguiram até os seus quartos. Noel colocou tudo que era de Kate no quarto dela e pediu para ela descansar que amanhã sairiam cedo para as compras.
            O quarto de Kate era comum havia uma cama uma geladeira e o banheiro. Ela se sentou na cama, não havia nada de estranho no seu como imaginava que seria esse mundo. Ela pensou em tudo, mas somente queria correr atrás do que era dela.
            No dia seguinte Kate já estava acordada quando Noel foi a chamar para ir às compras, ela vestiu a roupa que mais gostava um jeans azul escuro e uma camiseta escura e seu novo Converse preto.
            Saiu às pressas do quarto, e foi direto para o quarto de Noel que era praticamente do lado do dela, se viu diante da mais difícil situação conhecer o lugar onde todos a odeiam e que mataram o seu avô.
             Ela tomou coragem bateu na porta do quarto de Noel. Ele abriu a porta do seu quarto e estava vestido com jeans, botas e camiseta desbotada, ele parecia mais uma adolescente se não fosse pela barba e pelas rugas que marcavam o seu rosto como uma pessoa muito mais velha.
            Eles saíram do quarto em silencio não falavam nada um para o outro. Caminharam ate uma porta que tinha no fim do corredor, à porta era de madeira e estava gasta. Noel abriu a porta com que parecia ser uma chave de prata.
            Ao abrir a porta, ele a fechou novamente, olhou fixamente para Kate e disse:
            - Bem, Kate essa é a porta para a verdadeira entrada para Hastro, a primeira coisa que tem que fazer é não fazer nada sem a minha permissão. Eu vou pedir para você pular então pule não sinta medo. E por fim aproveite a viagem.
            - Porque esta sendo sarcástico?
            - Gosto de ver parvos nessa situação.
            - Acho que precisam revisar isso. – disse Kate.
            - Chega de brincadeiras. Você e eu precisamos passar pelo portal.
            Ao falar isso Noel automaticamente abriu a porta e Kate ficou pasma ao ver aquilo. Ali tinha um penhasco com varias pedras pontiagudo e parecia não ter fim. Tinha fumaça no final da sua visão. Kate vendo aquilo ficou com medo, mas para acalma-la Noel disse:
            - É só uma ilusão de ótica nada disso existe, ao pular você entra na porta que vai leva-la para o centro de Hastro.
            - É seguro?
            - Claro. Deste que você não se jogue de cabeça.
            - Por que você acha que eu vou fazer isso.
            - Só queria ser engraçado.
            - Mas não teve graça. - disse Kate.
            - Olha, não temos tempo. Então pule logo.
            Kate não respondeu. Estava pensando nas possibilidades dela morrer pulando daquele penhasco, mas penso também que aquilo ser verdade a historia do seu avô ser uma pessoa muito malvada, fazia dela também malvada e ela não queria ser isso.
            Kate se viu diante a decisão que mudará o seu futuro.
            Ela olhou para Noel que retribuiu o olhar de dúvida. Ela fez seu ultimo pensamento e fez a sua escolha. Então ela disse:
            - Onde eu vou sair se eu pular?
            - Na casa de um professor de Ungry.
            - Esse professor é confiável... Sei lá, ele pode não gostar do meu avô.
            - Pode ter certeza ele é muito confiável, ele adora Tom Locky, principalmente pelo fato dele criar o grachi.
            - Graxi?
            - Não, é grachi. É um feitiço que verifica se a pessoa tem algum vírus, ferimento ou doença e mostra o tratamento mais eficaz e de rápida cura.
            - Ele criou isso e ainda é dito como uma pessoa má.
            - Bem, ele usou isso para o mal- disse Noel. – Agora você tem que pular o penhasco.
            Kate não respondeu Noel, ela olhou outra vez para o penhasco, pensou na possibilidade de morrer devido à queda, mas, isso valia a pena se for para descobrir a verdade sobre a sua família e a verdade por traz do seu destino como todos dizem, era essa verdade que ela procurava e que tinha que achar por bem ou por mal, pelo seu futuro e de sua família dependia da sua decisão de seguir em frente ou simplesmente desistir de tudo agora.
            Ela estava atordoada pensando na sua decisão, no entanto ela sabia o que fazer olhou para Noel que pareceu entender qual seria a sua decisão e ele trocou um olhar de simpatia e ela disse:
            - Lá vamos nós!
            Ela simplesmente pulou. Da mesma forma que pula uma piscina olímpica, Kate pareceu mostrar toda a sua habilidade em pular e tentou ficar viva achando que aquilo a mataria.
            Quando ela se deu conta estava ainda no ar viu a imagem do penhasco virar pó, tudo ao seu redor ficou apenas em vários tons de cinza e azul. Passou alguns segundos e quando ela teve coragem de olhar estava na soleira de uma porta, mas a casa que ela via era totalmente diferente que qualquer coisa de New Vicente.
            A casa era uma mistura do velho com o novo. Era totalmente aberta com janelas de vidro fosco, a casa era muita clara com as paredes de um rosa claro e imponente, a porta era de madeira vermelha e fosca como um tom envelhecido que combinava com a decoração de toda a fachada, deixando a casa ainda mais bonita.
            Quando Kate ia bater na porta ela se abriu mostrando a imagem de um homem baixo com uma pequena barba se formando ele era pálido e tinha penetrantes olhos castanhos claros que combinavam com a seus oleosos cabelos grisalhos, tinha uma aparência que mostrava confiança.
         

Um comentário:

  1. Oii Vicky! Sua história está ótima! Aliás, quer fazer uma parceria com o meu blog (Blog da Giovanna Belle)?
    Se quiser está aqui o site: giovannabelle.blogspot.com
    Beijos Gio

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